A obra-prima do escritor colombiano é um comovente tributo à memória pessoal, familiar e política do seu pai. Um dos romances latino-americanos mais celebrados do século XXI. Prémio de Criação Literária da Casa da América Latina (Portugal) Prémio WOLA-Duke de Direitos Humanos (EUA) «Creio que o único motivo por que fui capaz de continuar a escrever todos estes anos e de entregar os meus escritos à imprensa foi saber que o meu pai teria desfrutado mais do que ninguém com a leitura destas páginas minhas que nunca pôde ler. Que não lerá nunca. É um dos paradoxos mais tristes da minha vida: quase tudo o que escrevi foi escrito para alguém que não me pode ler.» A 25 de Agosto de 1987, o médico colombiano Héctor Abad Gómez é assassinado por paramilitares na cidade de Medellín, a poucos dias de umas eleições em que era candidato. Seis balas na cabeça puseram fim a uma vida de luta contra a opressão e a desigualdade social, num país amordaçado pelo narcotráfico e pela política suja. Vinte anos depois, o filho, o escritor Héctor Abad Faciolince, decidiu contar a história do pai até ao terrível epílogo. O resultado é um livro belíssimo, poderoso no que conta, comovente no que deixa intuir, uma história dilacerada e dilacerante sobre família e pertença, sobre perda e luto. Educação sentimental, romance de formação, radiografia da sociedade colombiana desfigurada pela violência, Somos o esquecimento que seremos é um romance em que pulsam memórias e afetos, escrito com a cabeça e com o coração, que emociona sem sentimentalismo, que indigna sem reclamar vingança. A obra-prima de um dos mais elogiados escritores colombianos do nosso tempo. Os elogios da crítica: «O livro é dilacerante sem ser truculento, porque está escrito com uma prosa que nunca se excede na evocação do sentimento, uma prosa precisa, clara, inteligente, culta, que manipula magistralmente o leitor, ocultando-lhe certos factos, distraindo-o, espicaçando a sua curiosidade e expectativa, e obrigando-o desse modo a participar na tarefa criativa, ao lado do autor. [...] A mais apaixonante experiência que, enquanto leitor, tive nos últimos anos.» Mario Vargas Llosa «Um livro belo, autêntico e comovente.» Rosa Montero «Um livro tremendo e necessário, de uma valentia e honestidade arrasadoras. Perguntei-me, por vezes, onde é que Faciolince encontrou a coragem de o escrever.» Javier Cercas «Não sei se um livro nos pode mudar a vida, mas sei que pode alterar-nos o relógio biológico. [...] Este romance manteve-me acordado a noite inteira. É um livro com boca: a boca inesquecível da grande literatura que sobreviveu à extinção das palavras.» Manuel Rivas «Não é apenas um livro belo e profundamente comovente; não é apenas uma lição necessária sobre assuntos como a educação cívica e a relação entre a memória pessoal e a memória histórica; é também um testemunho insubstituível da luta pela democracia, da razão esclarecida e da tolerância.» Fernando Savater «Uma história trágica e inesquecível.» J. M. Coetzee «Um livro sagrado. Uma investigação certeira sobre a bondade, o idealismo [...] e a inconveniente conveniência de levantar a voz, mesmo se correndo o risco de perder a vida.» El País «Fervoroso livro de memórias, escrito com amor e sangue.» The New York Times «Um dos romancistas mais reverenciados da América Latina.» The Guardian
Idioma
Portugués
Código ISBN
9789897874932
Editorial
alfaguara
Año de publicación
2023